Deus é Fiel

"Façamos da oração ensinada por Jesus,
não somente a do Pai nosso,
mas também a do Pão nosso,
a fim de que todos nossos
semelhantes possam ser
saciados".

Liderados e não Líderes de si Mesmos

Numa época em que somos parte de uma sociedade caracterizada pelas marcas da pós-modernidade, temos um grande desafio de não deixar ser levado por aquilo que nossa geração afirma ser “normal”.
Uma das características marcantes de nosso tempo é a auto-independência, onde os homens pregam ter como direito inerente a todo o ser humano, com isso a igreja é tentada a pensar e agir dessa forma em pelo menos dois aspectos: 1) Desrespeito à autoridade espiritual estabelecida por Deus, tanto na igreja quanto no governo; 2) Indiferença à autoridade do próprio Deus como líder maior da igreja.
Para entendermos isso de forma clara e plena é necessário ser abordado alguns princípios desta auto-independência do homem para com Deus e Suas autoridades constituídas aqui na terra. Biblicamente falando esse pecado, o da auto-independência, é sem dúvida o principal e a raiz de todos os demais erros que o homem pode cometer contra a santidade de Deus.
Antes da desobediência Adão e Eva no jardim do Éden viviam em total dependência de Deus, ou seja, em tudo que fossem decidir ou realizar consultavam ao Senhor e assim este casal gozavam de plena comunhão com Deus. No entanto, quando satanás por meio da serpente convenceu Eva a experimentar do fruto do conhecimento do bem e do mal que havia sido proibido pelo Senhor, foi rompido então o pacto entre a humanidade e Deus que é evidenciado na dependência da raça humana em seu criador. É importante destacar que, a serpente afirma dizendo a Eva que caso experimentasse do fruto proibido “... eles não morreriam, mas seriam iguais a Deus”, ou seja, é como se estivesse dizendo que à partir de então eles não dependeriam mais de Deus em nada, encerra-se a idéia que o pecado original na raça humana é o mesmo que Lúcifer cometeu quando ainda estava no céu: o Pecado da Rebelião (independência).
Há dois tipos de pecados inseridos na Bíblia que se faz necessário destacar aqui, que são: 1) Rebelião – não cumprir o que Deus determinou, ou fazer o que Deus determinou que não fizesse; 2) Presunção – fazer em nome de Deus o que Ele não determinou que fosse feito.
Adão e Eva caíram no primeiro erro, o da Rebelião que é caracterizado pela independência do homem para com seu criador e tem como conseqüência a perda da comunhão com o Senhor.
É necessário afirmar que a independência do homem para com Deus é o mesmo que se desertar do Senhor, ou seja, se afastar dEle julgando que se pode viver sem Sua presença e palavra, ao contrário de Pedro que depois de um tempo com o Mestre reconheceu que não há outro lugar que se possa viver dignamente a não ser ao lado do Senhor. Isso se deu quando Jesus ao ver a multidão se afastando devido Suas fortes palavras deu aos discípulos a oportunidade de se afastarem também caso quisessem, no entanto Pedro representando a si e aos demais afirmou dizendo: “... para onde iremos nós, se só Tu tens palavras de vida eterna?”
É importante ressaltar que a independência não é evidenciada apenas quando o homem decide afastar-se de Deus, porque a rebelião ocorre em outros casos também, tomo como exemplo o fato daqueles que se julgam debaixo da autoridade de Deus e na verdade isso não passa de um engano. Com isso se vê a possibilidade de uma pessoa que se julgue viver com Deus e esteja em rebelião contra o próprio Deus. Veja como isso se dá: O Senhor está executando Seu infalível plano em relação à humanidade, para tal Ele estabelece representantes de Seu Reino aqui na terra, onde conhecemos estes representantes como Autoridade Delegada, sendo que neste caso representam o próprio Deus, sendo assim, quando alguém desrespeita tal autoridade constituída por Deus está desrespeitando o próprio Senhor que estabeleceu essa autoridade, resultando assim no pecado da independência para com Deus.
Com isso entendemos que Deus expressa Sua própria autoridade por meio de autoridades constituídas por Ele, para que desta forma seja manifestada Sua Glória entre os homens, e o papel dos seres humanos é se sujeitarem ao domínio do Senhor seja por qual meio que seja, pois nosso papel é estarmos sob as ordens do nosso Criador para que assim não venhamos a cair no mesmo erro de Adão e Eva, que preferiram a independência a viver uma vida dependendo de Deus, o salmista já dizia: “Vale mais um dia em sua presença do que mil fora dela.”
Quando tratamos deste assunto olhando para nossa geração, surge uma necessidade gritante de abordarmos uma outra área em que devemos ter muito cuidado para não entrarmos no caminho da rebelião (independência), refiro-me a corrermos o risco de tomarmos o lugar que pertence somente ao Senhor, o próprio Deus afirma que não divide Sua Glória com ninguém, e o lugar que pertence a Ele não pode ser dividido e muito menos tomado por criatura alguma!
Neste caso refiro-me à liderança do Senhor em Sua Igreja, ou seja, um grande risco que os servos de Deus corre é de alguma forma, seja ela voluntária ou involuntariamente desejar exercer a liderança na igreja que pertence ao seu fundador que é o próprio Deus.
A Bíblia é bem clara em muitas citações que o Senhor permanece sendo o Líder Maior da Igreja, mesmo que isso às vezes seja algo difícil de se enxergar e aceitar, porque com o passar dos tempos e com a chegada da pós-modernidade o homem por si só vai se tornando líder de si mesmo, gerando assim uma barreira para ser liderado e isso atinge até mesmo o fato de termos um Supremo Líder.
Mas o que me conforta é saber que mesmo que não pareça o Senhor permanece no controle de toda a situação que envolve a terra e principalmente o que diz respeito a Sua Igreja. Tomo como exemplo a vida de Habacuque, que durante a escrita de seu livro até o capítulo 2 ele tira para reclamar a aparente ausência de Deus e as mudanças que isso gerou na humanidade, porém para sua surpresa no final do capítulo 2 o Senhor responde aos questionamentos de Seu profeta, afirmando que sem que percebessem chegaria um dia que Ele se manifestaria e todos reconheceriam Seu poder, esta esperança nos proporciona uma tranqüilidade quanto a isso, porque haverá um dia e este está perto em que o verdadeiro Dono da Igreja se manifestará na mesma e mostrará que mesmo que não pareça Ele permanece liderando Sua Igreja.
Estejamos prontos para este dia em que todos deverão e irão reconhecer a Liderança Suprema do Senhor sobre todas as coisa inclusive em Sua igreja, e uma das maneiras de nos mantermos preparados é desde já nos submetermos ás Autoridades Delegadas de Deus e principalmente á Sua própria Liderança!
Que Deus nos conserve Seus servos sempre prontos a servi-Lo. Amém!!!

Pr. Elias Torralbo

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